Fé e devoção a São Roque leva milhares de romeiros ao alto do Morro
Milhares de fiéis católicos de Alfredo Chaves e de localidades vizinhas celebraram nesta quarta-feira (16), em São Roque de Quarto Território, mais um dia de fé e devoção.
Publicado em 17/08/2017 10:40 - Atualizado em 17/08/2017 10:54
A multidão de féis lotou toda a área da capela.
A capela no alto de um morro foi construída para agradecer a uma prece atendida.
Milhares de fiéis católicos de Alfredo Chaves e de localidades vizinhas celebraram nesta quarta-feira (16), em São Roque de Quarto Território, mais um dia de fé e devoção. Com esses sentimentos cerca de 2.600 romeiros seguiram uma distancia de 14 km da sede do município para uma tarde de homenagens ao santo padroeiro da capela, o São Roque. O local tem 115 anos e fica a 800 metros do nível do mar, o que proporciona uma vista privilegiada das montanhas e vales da região.
Depois de aproximadamente 40 minutos subindo a pé até a pequena igreja, que abre somente uma vez por ano, todos puderam assistir a missa às 13h, celebrada pelo pároco da paróquia local, Diego de Azevedo. A programação seguiu com leilões de vários animais e um sorteio beneficente de uma moto CG 125 FAN 0 KM. O sortudo ganhador do prêmio foi um visitante da comunidade de Joeba, município de Anchieta.
Conheça a história da Capela de São Roque de Quarto Território.
A Família Partelli construiu uma capela no alto de um morro para agradecer a uma prece atendida, na comunidade de Quarto Território. Em 1899 o italiano Amadeu Partelli já instalado no município resolveu partir para o Rio Grande do Sul para procurar melhores terras. Ao chegar ao novo destino, ele e sua esposa foram roubados e ficaram sem nenhum pertence. Como ele era muito religioso, fez uma promessa a São Roque - que se conseguisse voltar para Alfredo Chaves, precisamente para a comunidade de Quarto Território, iria construir uma capela em devoção ao santo. Como a graça foi alcançada, no dia 16 de agosto de 1902, ele inaugurou a igrejinha construída de pau a pique, onde hoje a comunidade celebra missa até hoje uma vez por ano.
Segundo relatos depois de muitos anos toda a igreja pegou fogo. Mais tarde foi construído um cruzeiro no local das ruínas e o pároco da cidade começou a celebrar missa anuais.
Em 1943 foi erguida uma nova capela, os materiais para a construção ainda segundo relatos foram conduzidos por burros. Em 1997 foi erguida a torre da igrejinha e instalado energia provisória. Somente em 2007 a energia foi colocada definitiva e instalada uma bomba para levar água até o alto do morro.
por Luziane de Souza - Foto: Divulgação